sexta-feira, 23 de março de 2012

Pornografia antiga

Quem bate punheta hoje e não batia há vinte anos atrás, dificilmente vai ter uma ereção vendo um pornô das antigas. Hoje, o que chamamos de vídeos de sexo explícito, parecem mais uma aula de anatomia humana para quem etá cursando doutorado em alguma área da ginecologia.
Me peguei assistindo alguns pornôs bem velhos, do século passado - estimo que eram de 1975 - , enquanto escrevia umas bobagens. Parando para reparar, percebe-se a inocência na obscenidade. E olha que era uma cena lésbica! Cena de bom gosto, com mulheres de verdade, gestos e gemidos instintivos, naturais. Peitos naturais, sutis! Quem nasceu neste século provavelmente nunca bateu uma pra uma mulher com peito natural.
Aí está o meu medo! O que as crianças entendem hoje como proibido, como sexo e como prazer? No pornô que assisti, a história se passava em uma fazenda onde as garotas fugiam pro mato para realizar um desejo movido por um sentimento legal, natural. Agora os pornôs nem história têm - e quanto tem a gente pula - e já começam com sexo brutal, deselegante e com personagens mais artificiais do que pipoteca de pizza.
Imaginem um garoto de onze anos. Não sabe nem pegar no pinto, mas navega na internet com a destreza de Neymar com a pelota. Um gordinho de prédio fuçando sites pornôs e se espantando quando vê uma vagina com pelos ou um peito em tamanhos normais.
Coitada dessa geração de broxinhas. Vão perder as melhores partes e recompensas do jogo sexual. Vão achar que é só chegar comendo.
Tomara que as meninas dessa idade, na hora de dar, não deem. Não pra esses aprendizes de máquinas. Tomara que ainda existam galanteadores. Tomara que a inocência seja divertida e a obscenidade...um pouco mais humanizada.

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